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Vice-presidente do TST se exalta em sessão virtual

Durante sessão virtual do TST, o vice-presidente da Corte, Luiz Philippe Vieira de Mello Filho, se exaltou após problemas com o áudio do microfone da subprocuradora-geral do Trabalho, Vera Pozza Reis.

Assim que a subprocuradora-Geral iniciou sua fala, foi advertida pelo vice-presidente do TST sobre a falha técnica do microfone, mas, ao perceber que ela continuava a falar, disparou: “Puta que pariu! O microfone dra. Vera”

O episódio ocorreu durante uma sessão da SDI-2, presidida pelo ministro Vieira de Melo. Após o acontecimento, a íntegra da transmissão, normalmente conservada no canal de YouTube do TST, não está mais disponível na plataforma. O Tribunal explicou que o vídeo foi removido para edição. O ministro lamentou o ocorrido. 

O ministro, é preciso deixar isso claro, é magistrado tecnicamente brilhante e extremamente cortês e gentil com todos os advogados colegas e serventuários, de modo que é bem o momento de nos perguntarmos, nesses tempos, quem nunca perdeu a paciência quem os problemas “tecnopandêmicos”? Ou seja, esse fato só demonstra que todos somos humanos e, como tal, sofremos com as contingências. Assista ao vídeo e, ato contínuo, esqueça-o:

  




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Sem novas fake news, impostores reciclam vídeos antigos

Novo truque velho

Sem novas fake news, impostores reciclam vídeos antigos

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Voltou a circular nas redes sociais um vídeo de exaltação a uma traquinagem de auditores da Receita: a falsificação de acusações contra personalidades com objetivos escusos. Entre as 134 vítimas da fraude estavam os ministros do STF, Dias Toffoli e Gilmar Mendes, e suas mulheres. O truque era simplório: atribuir a prática de corrupção, lavagem de dinheiro e tráfico de influência, sem dizer por que, descrever fatos ou juntar qualquer documento ou relatório de investigação.

O vídeo reprisado foi gravado diante do edifício do Supremo Tribunal Federal — um protesto contra decisão do ministro Alexandre de Moraes. Ele afastara os auditores que assinavam as conclusões escalafobéticas. Até por um motivo formal. Não cabe a auditores fiscais investigar crimes não tributários. O espetáculo gravado foi estrelado por especialistas na matéria.

Pouco tempo depois, o coordenador da traquinagem foi preso. Ele e mais dez auditores da receita. O motivo: descobriu-se que se cobravam propinas de investigados em troca do cancelamento de autuações milionárias. Acusado como chefe da quadrilha, o auditor Marco Aurélio Canal estava bem posicionado para extorquir suas vítimas. Era o supervisor nacional da Equipe Especial de Programação da ‘lava jato’, também conhecida como Equipe Especial de Fraudes.

Essa investida que bateu às portas do Supremo não foi única nem autônoma. Fazia parte de um conjunto de articulações que visava emparedar advogados e escritórios de advocacia, intimando seus clientes e fazendo circular notícias que os desmoralizassem. O manual da Gestapo nazista reescrito.

O uso desavergonhado do vídeo confirma a falta de limites dos embusteiros. Sem “munição nova” — depois que o STF abriu inquérito e o Congresso instalou Comissão para investigar a fabricação de notícias fraudulentas — recicla-se material antigo para, novamente, tentar intimidar ministros.

Tão destemidos quanto os ousados personagens que foram se manifestar diante do STF para defender o que os auditores faziam — e foram presos por isso —, os artífices dessas produções cinematográficas, parece, só desistirão quando forem dividir celas com seus colegas.

 é diretor da revista Consultor Jurídico e assessor de imprensa.

Revista Consultor Jurídico, 3 de maio de 2020, 13h52